O som do desalento
O som do desalento
O violino envelhecido e cansado
Repousa no esquecimento
Toca um gemido desafinado
Nas cordas do desalento
Chora uma lágrima penosa
De um sonho cor-de-rosa
A música infeliz da violista
Que sempre quis ser artista
Diz quem passa pela rua
E ouve o som desta alma nua
Que não toca nem sequer dedilha
Apenas geme e o coração brilha
Luísa Rafael
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Porto, Portugal