Senhora Chen
Perdido na liberdade/
Sem assiduidade/
Longe de minha cidade/
Reparei no seu sorriso/
Como um lírio/
Bordado no calvário de um círio/
Tão forte a luz/
Que você emanava algo /
Jamais a alguém oferecido/
Sem nada dizer/
Sem se oferecer/
Só a expressar/
Em sâ consciência/
Li na tua essência/
Que chocava-se com o escuro/
Algo da mulher, tão puro/
Que me consumia a envenenar/
Me embreagando na insensatez de beber/
Aquele vinho proibido/
Que se quer me permitiu enxergar/
O pecado enaltecido/
Em algum tempo já vivido/
Me vi vencido/
Ao despertar um amor adormecido/
Só poderia estar/
Sem rumo/
Por que, que aquela mulher/
Tão especial/
Na sua realidade/
Olharia um transeunte perdido/
A admiti-la, convencido/
Como mulher de sua vida /