Fim da Noite
Quando nossos olhos/
Se viram/
Entre a poeira/
Daquela noite que acontecia/
Nossas solidões se fundiram/
A cabeça, de um sonho falou ao coração /
Tão de repente, que não houve tempo /
Pra aconselhar a razão/
Do início, daquela louca paixão/
Quando nossos olhos/
Se encontraram/
Olhamos em todas as versões/
Mas contidos pelos padrões/
Não encontramos uma direção/
Com a alma aprisionada/
Segui perdido em tua direção/
Mas não havia força/
Pra extrair do sonho aquela visão/
Quando nossos olhos /
Se descobriram/
Nossas mãos tremidas e frias/
Nossas bocas inocentes/
Desejavam inconscientes/
Nossos corpos inflados procuravam/
Numa paixão ascendente/
Que já naquele instante/
No tempo de cada dia/
Aprendia que o amor vicia/
Quando nossos olhos/
Despertaram pro verbo/
Que decifrava aquela vontade/
Incomensurável de juntos sermos a eternidade/
Quando o tempo nos colocou/
Na hora da verdade/
A voz do peito se acovardou/
Num choque de medo e fantasias/
Que pária uma luz tímida e vazia/
Que logo se apagou/
Tão de repente que me jogou/
Num tempo de dor/
Numa saudade/
Que a insanidade me envenenou/
Pra nunca mais amar/
Quando, enfim nossos olhos/
Se reencontraram/
Revigorado até me dirigi a você/
Mas o tempo havia passado/
E você rindo sossegada/
Como era de sua identidade/
Seguio a outros braços/