Círculo Vicioso
O amor e a dor se misturavam...
Depois se separavam...
Cravavam suas garras
E faziam jorrar sangue!
Amarrados sem amarras,
Brotavam lama do mangue...
E tudo ficava cheiroso e fétido,
Transparente e imundo,
Oscilando entre o puro e o pérfido,
Na superfície e no profundo!
O amor tocava sua cítara
E a dor fazia sua dança mágica!
Era uma comédia trágica,
Com uma personagem pícara.
Era tudo naturalmente estranho,
Num colorido tamanho,
Que, insanamente, o que se ressaltava
Era o preto e o branco!
Onde iniciava o amor?
E onde principiava a dor?
Onde tudo virava apenas um?
E onde tudo findava?
Onde existia nenhum?