Alma calma
A alma é asteroide
Vem de lugar qualquer
De onde veio tudo
Da onde não a nada
É astro rebelde que
Queima o corpo ao
Invadir outro corpo
imponente
Inocente, despretensioso
amistoso
Mas se perde aos poucos
Deixando pedras pelo céu
Agora rasgado
por sua presença inflamável
Como tudo, sem estrago, volta ao pó
Finito, pequeno, inútil.
Até que acaba.
E pela negra vastidão da criação
Se acalma.