Alma calma

A alma é asteroide

Vem de lugar qualquer

De onde veio tudo

Da onde não a nada

É astro rebelde que

Queima o corpo ao

Invadir outro corpo

imponente

Inocente, despretensioso

amistoso

Mas se perde aos poucos

Deixando pedras pelo céu

Agora rasgado

por sua presença inflamável

Como tudo, sem estrago, volta ao pó

Finito, pequeno, inútil.

Até que acaba.

E pela negra vastidão da criação

Se acalma.

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 10/11/2022
Reeditado em 11/11/2022
Código do texto: T7647149
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