Meu Augusto dos Anjos

Quero que me entenda,

eu tenho uma contenda,

Ela é de vida e de morte,

sustenido pela sorte.

Não sou individuo que lamenta,

Já atravessei tormenta,

e fui a caminho do sol,

Para descansar no arrebol.

Não sou de fazer promessas,

meu santo anda as avessas,

a muito deixei de orar,

ao ter que falar com Deus, prefiro calar.

Meu ouro é de tolo,

Não faço parte deste bolo,

nem quarto ou inteiro,

A maior fé, está no dinheiro.

O meu demônio acorda irritado,

ao vê-la calada ao meu lado,

Não sorri, não me olha, não me ama,

e quando fala, só reclama.

Atraindo a mente para pestilência,

mundo incrédulo da ciência,

de ver para crer,

e tentar existir antes de morrer.