Amor! Flores e Espinhos.
Entrelacei aventura, palavras e risos.
No crepúsculo da realidade, sofria.
Espanejando as tristezas e a agonia
Sobre a sua curiosidade viciada
No meu gesto estreado. Orgia!
Pousaste olhos negros no lirismo
E sobre as minhas atitudes estelantes.
No meu pensar cismático, sonhaste.
Os meus lindos sonhos, diamantes.
Raios veementes iluminam a minha paixão.
A pureza original se esvaece e desencanta.
Em prece, clamo o teu nome em vão,
Parte fraca da doce esperança.
A linguagem, despida na frieza tua.
Torna-me a vida cruel desventura.
E na face ainda trago.
O doce perfume, que não atenua.
A ausência do teu afago.
A meiguice de um olhar falante
Na crescensa desta paixão contida
Deu-me por fé, teu silêncio agora.
São raízes secas a matar-me á vida
Nesta saudade entrego-me às dores,
Ao ritmo embaralhado, que me vem á sorte.
No meu lindo jardim, as flores.
Partem-me as veias e colorem a morte.
Ultima estância! Morte também é lida.
E eu suporto escutar uma canção
Que o vento leva com a aurora.
Uma alma chora! Há escuridão!
Vento que vem, canta , dança e cai.
Vento, que vem os meus sentimentos.
Arrepela e em redemoinhos se vai.
Pela estrada dos meus dias lentos,
Borrando o chão, com os meus ais.
Branca Tirollo