SEM RAZÃO DE ESPERNINHAR. Paralelo a um comentário de Lualfavênus

SEM RAZÃO DE ESPERNINHAR

Versos: 14 decassílabos.

Valdir Loureiro

Uma urna eletrônica pode ter

Um teclado e um toque de blim-blim.

E se você viu bem, quer me dizer

Se os números chegaram ao seu fim?

Mas pergunte primeiro aqui, a mim:

Se eu já sei em quem foi que votei.

Pelo meu comprovante, ainda não sei

Se foi mesmo em quem eu estou pensando.

Depois veja se há índio, reclamando

Por que não viu seu voto onde votou.

Diga lá o que a Urna comprovou.

Se eu não posso ficar esperninhando,

Se essa máquina também não me enganou.

Se disser, depois vou eu me calando.

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Para ver o comentário de Lualfavênus no rodapé do meu texto "Direito de esperninhar", clicar abaixo:

https://www.recantodasletras.com.br/poesias/7645548.