O ESPINHO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Desde pequeno trás a ponta.
Que machuca e fura...
Por qualquer motivo afronta.
É assim aquela criatura.
Sem paciência com que faz.
No jogo complexo para viver.
Em nada na vida se julga capaz.
Apesar da formosura do ser.
De ponta aguda para furar.
Qual língua de trapo...
Em nada deixa argumentar.
Rebate tudo no bate-papo.
Quando não fura, aranha...
Entre espinho nasce rosa.
Na vida tudo é façanha.
No disse me disse da prosa.