Olhos
Olhos
Olhos são como altivos e luminosos farois
Têm um brilhos vivos e especiais no nevoeiro
São raios esplendorosos com o fulgor dos sois
Trazem ao dia fios dourados de um calor soalheiro
Olhos nem sempre se demoram no visível
Ancoram na âmago quente de um território sensível
Veem muito para além do que o mundo lhes oferece
Absorvem a fundo a alma de quem pela frente lhes aparece
Olhos têm a inocência imaculada da infância
Dançam numa água salgada de incoerência e inconstância
Adormecem fechados com as ilusões que agarram
Ainda que sejam emoções de sonhos acordados que não largam
Ah, sobre o meus nem te digo nada!
Apenas que são poemas de leitura declamada!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal