SEU ATO.
A coisa no chão se espalha,
Abatida figura, com seus órgãos
Inquietos, e peconhentos.
Aguarda o buraco da história.
As memórias irão debruçar
Sobre a epopeia criada,
Os gritos e barricadas irão
estrelar a página de um livro.
Nesta página não haverá risos
Os músculos rígidos refletem
A tecitura que percorrem o coração
E o sangue se torna fel.
Separado por alguma vírgula
Ou na textura de uma metáfora
Estará descrito o seu estágio agora
Como o broto que rompe uma pedra.
Não haverá perdão este seu ato
Ele revelará o escravo que é,
Te faz burro de cangalha
Carregando o que resta do rei.
O tempo é um rio que escorre
Pelos espigoes e grotas
Seu ato é ignorância de um povo
Que mal sabe do seu existir.