ESTA SO(L)U E(L)U(A)?
Sou?
Uma
Várias
Num corpo
Em almas esvoaçantes
Entre negras horas
Relendo as histórias
De idas e vinhas
Tomando um gole da bebida que vem dos céus
Ora, sou
Uma em divisões pendidas de uma luz encoberta pela escrita
Ora sou um pé de nada
Ao mesmo tempo um fruto vindo de íntima sensação de nunca ter sido visto
Ora, um coração aberto
De portas e janelas
A ir ao encontro de um universo poético composto de pequenas partículas de estrelas caídas em praias de minha vida...
Elas transformadas em doces palavras
Que juntas de jeito tal
Faz nascer o mais belo verso
E assim eu sou
Um sol de Esperança a ir andando em compasso da Alma mais inquieta que resume meu ser e quereres...
Sou?
Sem sentido
Entre asas de partilha de sonhos vindos de alguém que lá de cima me criou.
Ou seria mais correto dizer de quem me leva permanentemente a me desconstruir?
Oh eu sou
Eu em almas quebradas e coladas
Em cada letra que se foram resgatando o meu próprio eterno porvir...
Raimunda Lucinda Martins (Nelremar)