GRATIFICAÇÕES SUPERFICIAIS
GRATIFICAÇÕES SUPERFICIAIS
As gratificações demonstradas pelas noites,
Dormem para amar.
O ter morre,
Para não ouvir as substituições.
O espaço da localização,
Inclina-se ao nada.
A ausência de falhas,
Possui precipitações.
A psicologia das aproximações,
Não observa a mente.
As pisadas do deixar,
Mantêm-se encostadas.
A suavidade das marcas,
Concebe o tecer.
A iluminação vacilante,
Aconchega desaparecimentos.
Os encaixes da vida coletiva,
Transmitem modos de convivência.
No abraço da prontidão,
Corre o fim.
Ganhos mordem,
A perda do reconhecimento.
A visita individual da separação,
Respira sons indefinidos.
As inconsciências do já,
Negam peregrinações.
O empréstimo dos toques sexuais,
Iguala-se à pessoalidade.
A unicidade diária,
Prende a liberdade.
O obscuro desgarrar,
Queima a escuridão.
A chegada dos restos aromáticos,
Parte tardiamente.
As coberturas colhidas pelo depois,
Tornam-se o tudo antecipado.
O ser do chão,
Arma-se de transitoriedades causais.
O encontro semeado,
Desencontra limites.
O torpor do vigor autoritário,
Descobre sentidos.
O haver distante,
Convence destruições.
A mesmice dos lugares,
Apoia ousadias.
Sinais artificiais,
Concedem proporções.
O sempre do aviso,
Cumpre o longínquo olhar do querer.
A claridade da beleza justa,
Requer imagens à pornografia.
Os lucros do mundo,
Caem diante do interior.
O acender do uso,
Esvazia as selvagens fechaduras.
O matar transporta,
Quase todas as ofertas.
A catástrofe da paz simultânea,
Atrasa entradas.
A máscara das formas,
Guarda a estrutura do desfazer conclusivo.
O dizer alternativo dos feitos,
Consiste no amor aos motivos.
O trabalho em conjunto,
Lubrifica o arrependimento.
As misturas das regras,
Passam com o esquecimento.
O conseguir do nunca,
Interrompe transformações inteiras.
A certeza da vez,
Dá-se às incertezas.
A morte traz,
A diminuição temporal do aumento.
A renovação atravessa,
O afastamento do não.
Permanências cegas,
Enxergam sem ver.
Uma umidade rara,
Brilha nas revelações.
O ritmo despedaçado,
Materializa o imaterial da segurança.
Estados acompanhados pela bondade,
Aventuram-se ao apenas das existências.
A falta da despedida,
Contribui para o poder do avanço.
O físico inebriar,
Caminha pela escuta.
A geografia das cores,
Condiciona o quase à volta.
Conversas vindouras,
Planejam repousos.
Os golpes do foco andante,
Expandem construções.
O pouso da sombra,
Elevam o gelo serviçal.
A força do transbordamento,
Lava o apagamento do fogo.
O logo enforca o nó,
Oculto do quebrar.
O contágio divaga,
Para provocar barbaridades.
A urgência mítica dos meios,
Obstrui levantamentos.
O remédio da percepção,
Insiste nos repentinos.
As adversidades do entendimento,
Admitem madrugadas.
O pavor sabe,
Dos fantasmas em derramamento.
A intensidade do susto,
Acaba com o romper.
A obrigação das ações,
Embrulha mentalidades.
A espera dissoluta,
Sepulta o superficial.
Sofia Meireles.