A razão

Estou para aqui a ruminar

Estes versos clandestinos

Que me fazem confrontar

Por entre pedras destinos

Destinos por onde atino

As metas da vida omissa

Onde ao correr me defino

De mão no ar insubmissa

Mão que aponta e aglutina

Longas estradas, caminhos

E juntando pistas declina

Das ervas odores daninhos.

Pelo chão piso os espinhos

Os pés descalços ferinos

Com força giram moinhos

E os ventos acefalinos.

Ventos que ditam o destino

Do acaso onde me entranho

Num espaço que contamino

Neste tempo sempre estranho.

No tempo da decisão

Ante o vento em desatino

No espaço bifurcação

Um toque de violino.

E eu adivinho a razão…