MIRTES E A ORDEM DO VENTRE - ENIGMA
Com a morte o desastre
vem domesticando o vale.
Não há vitimas pra falar
Os gritos dormem nas
valas abertas pelos mesmos
que iriam fugir pra algum
lugar que lugar seria este?
Cavaram com unhas e dedos
comidos virados em carne
Como roedores fugindo
de predadores violentos
Mas não haviam ninguem
Mas não se via ninguém!
Só covas profundas e tristes
Tristes de cansaço pelo comum
Do que era comum e torne-se
agora estranho e diferente.
Nada maleável ao vento
Vento maleavel pelo sol quente
Traz perfunes desconhecidos
Brisa e mormaço calor úmido
descendo em rostos sujos
da terra que antes era a terra
de um antes podendo ser infinito.
Que passaros são estes
acordando a noite nascendo?
Que saem como monstros
alados cobrindo céus de fuga
sombras escuras sombras
escuras poucas e velozes
marcas escuras sob o solo
e terror refletindo em olhos
de óleo fetido e confuso
Olhos que não dormem faz
muios dias que sonham
moribundos pelo meio de
árvores marcadas de tempo...
O tempo não fala a nova língua
que brota agora e tem fome!
O cheiro vem do sangue nas
veias daquilo que tenta se
manter em pé mas ja caiu
e se agarra nos cipós presos
entre as pedras e elas não irão
rolar para o .mesmo "canto".