VIAJANTE
Era aquela tarde abrasada,
postou a mão em continência
e o pássaro cortou
o horizonte diáfano.
Pudera a dor encravada no tempo
abrandar; e o céu azuladamente
límpido caía em flocos
nas mãos dos incrédulos.
Consultou os mapas,
todos os relevos falavam
de montanhas e rios.
A tarde, então, fechou-se para sempre.