Pouso os olhos

Pouso

Os olhos

Numa solidão

Que te procura

Numa imensidão

Tão longínqua

Que toca a ilusão

De uma realidade

Crua

Vem depressa

Salvar

Esta inércia

Pura

Paralisante

Do olhar

Este sufocante

Pulsar

De uma lembrança

Feliz

E nua

Com uma semente

Verdejante

De esplendor

Que nada diz

Tão

Profunda

É a esperança

No amor

Como

Na alma

a sua raiz!

Luísa Rafael

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Porto, Portugal