Espera

Espera

Ouço passos perdidos por entre a pálida lua

Apuro os sentidos na minha cama nua

Acendo a chama luzente de uma ilusão apagada

Um desejo ardente fervilha numa espera cansada

Tudo brilha por entre a escuridão que a noite me oferece

O teu olhar é um clarão de luz que jamais esquece

Uma paixão adormecida na esperança do teu regresso

Uma lembrança sentida na interioridade do meu Universo

Amor, não te percas na tua própria solidão

Num labirinto sinuoso deambulante sem direcção

A qualquer instante o amor bate à porta do coração

Amor, não te percas num passado que o destino escolheu

Olha bem as estrelas luzentes que rasgam a cor do céu

Segue o caminho do firmamento e verás que o teu amor sou eu

Luísa Rafael

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Porto, Portugal