QUE NOME DAREI A ESTE POEMA?
saiu o garimpeiro em busca de diamantes de papel
percorreu milhas de terras, sombras e mares
o ouro
o diamante
para sua amada
para o cinzel
lapidação tocante intocável
depois a via-láctea o acolheu
mirou constelações a gênese dos astros
invisíveis folheações minerais brilhavam
uma fileira de luas
abandonadas
desacordadas
gordas
magras
corcundas
como bananas amareladas
um planeta errante mapeado
sofre mais a solidão - tem sede esse planeta -
cabeleiras de cometas
lumiavam
revoações coreografadas de meteoros
não se escondiam
eram de vidro as portas escarlates
a luz de um poste antigo
suspirava nas fronteiras do rio celeste
no chão de papiro
de solofone
de seda sensível
de manteiga
de sabão
melofones e guitarras embriagavam-se naquela luz liquida
losas verdes com limos de palavras esquecidas
desencadernações metrificadas
epístolas de algodão
o rosto magnífico de um deus criança
brincava de sofrer de versos
um deus enlouqueceu de amar
foi depois o garimpeiro gari
ancinhando as folhagens
tanto juntou folhas e folhas
que teceu mais um planeta
redondo? Não.
em forma de livro
uma brochura abarrotada de imagens
costuradas a mão pelo fio de Ariadne
a luz não se apagou dentro do livro
o encadernador de folhas viu que aquilo era bom
e o guardou dentro do infinito
o planeta livro
planeta palavra
planeta letra
planeta música
planeta alma
estrelas pequenas e grandes
vieram
anjos, arcanjos e querubins
vieram
definitivamente deus havia enlouquecido de amar
o cruzeiro do sul inclinou-se mais um pouco
as três marias deram-se as mãos
um girassol ficou perplexo
paralisado
um sol dentro de um livro
soletrando
soletrado
solivre
solivro
os anéis de saturno
ah! esses anéis sem dedos
anéis em vão
saiu o garimpeiro em busca de diamantes de papel
percorreu milhas de terras, sombras e mares
o ouro
o diamante
para sua amada
para o cinzel
lapidação tocante intocável
depois a via-láctea o acolheu
mirou constelações a gênese dos astros
invisíveis folheações minerais brilhavam
uma fileira de luas
abandonadas
desacordadas
gordas
magras
corcundas
como bananas amareladas
um planeta errante mapeado
sofre mais a solidão - tem sede esse planeta -
cabeleiras de cometas
lumiavam
revoações coreografadas de meteoros
não se escondiam
eram de vidro as portas escarlates
a luz de um poste antigo
suspirava nas fronteiras do rio celeste
no chão de papiro
de solofone
de seda sensível
de manteiga
de sabão
melofones e guitarras embriagavam-se naquela luz liquida
losas verdes com limos de palavras esquecidas
desencadernações metrificadas
epístolas de algodão
o rosto magnífico de um deus criança
brincava de sofrer de versos
um deus enlouqueceu de amar
foi depois o garimpeiro gari
ancinhando as folhagens
tanto juntou folhas e folhas
que teceu mais um planeta
redondo? Não.
em forma de livro
uma brochura abarrotada de imagens
costuradas a mão pelo fio de Ariadne
a luz não se apagou dentro do livro
o encadernador de folhas viu que aquilo era bom
e o guardou dentro do infinito
o planeta livro
planeta palavra
planeta letra
planeta música
planeta alma
estrelas pequenas e grandes
vieram
anjos, arcanjos e querubins
vieram
definitivamente deus havia enlouquecido de amar
o cruzeiro do sul inclinou-se mais um pouco
as três marias deram-se as mãos
um girassol ficou perplexo
paralisado
um sol dentro de um livro
soletrando
soletrado
solivre
solivro
os anéis de saturno
ah! esses anéis sem dedos
anéis em vão