Breu

Engoli vírgulas engoli choro.

Subiu no meu ouvir mil anjos em coro

Traguei o meu orgulho e disse como se não fosse nada

Que tua música não era pra mim. Menti.

Mas na verdade, as notas da tua voz, sempre soam assim, que nem querubim que desagua em foz e canta um perfume só seu.

Ignore a primeira estrofe, brilho virou breu.

Me acusaram de ser um poeta que verseja em trote. Um compassar alinhado, insípido, encaixotado. Explico: Um escrever que nem pócótó de cavalo. Um simples separar de palavras em vírgulas. Complicado.

Mas mesmo assim não importa, até o dia em que morrer, prefiro ser pócótó do que prêt-à-porter.