NASCIMENTO DANÇANTE

NASCIMENTO DANÇANTE

O nascimento dedicado,

Falece diante de nomes.

O tudo secular,

Transforma o incessante,

Em um apenas pessoal.

Classes direcionadas,

Permanecem iguais nas mesmices.

O exceder das posses,

Termina com domínios educativos.

O não é único,

Na fome interrogativa.

O andar novo,

Pisa no já descoberto.

O sentido das cores,

Retorna sempre às palavras.

A precisão visual,

Individualiza o enjoo.

Os estados da realidade,

Lavam a santidade da franqueza.

Os feitos dos regimes,

Ordenam o egoísmo.

Dados quantitativos e lucrativos,

Devolvem todas as pobrezas.

O ontem indefinido,

Revirou os números das armas perdidas.

O querer chora,

Pelas advertências pensadas com sorrisos.

A prisão das telas,

Sabe da justiça.

O tempo das diminuições,

Assiste ao jogo das épocas.

O parecer mágico do hoje,

Saboreia o demonstrar dos alimentos.

As definições dos segredos,

Fabricam religiões.

As organizações dos tipos,

Redimem crianças sexuais.

O eleger do nunca,

Despedaça negações.

Quadros pintados no apoio,

Massacram leis.

As crenças do haver,

Trazem guerra aos intervalos.

Cantos universais,

Forjam a música superior da escuridão.

A geração e a concepção,

Deixam ausências.

O trabalho do guardar,

Concede depressão.

O acabamento coletivo,

Diverte passagens adiantadas.

As loucuras do sonho,

Têm subidas cheias de poéticas mortes.

O gosto do vício,

Motivam insatisfações.

Dizeres intensos,

Ainda leem o ensino.

O assassinato alternativo dos gêneros,

Maldiz a entrada da grandeza.

O arquivo agendado,

Conta populações nos mapas.

A penetração das importâncias,

Acontece no sagrado.

O imperar idiota,

Raciocina a paz das mentiras.

O enforcamento dos mitos,

Assombra a liberdade.

Traduções proféticas,

Combina com a gula.

O estilo das horas,

Finaliza a escrita.

A angústia da excitação,

Triunfa com o amor consagrado.

Coisas chamam a saúde,

De doenças vindouras.

O fogo das pedras,

Julga hipóteses.

No reino das verdades prostitutas,

O conselho anoitece.

A geografia morre,

Queimada na umidade.

O viver parte,

Em períodos angelicais.

Visitas meditativas,

Amam multidões.

A juventude da simplicidade,

Beija o mal.

O abandono contemplativo dos ritmos,

Cega a claridade das vidências.

A dor interior,

Existe nos instrumentos.

O beber das capacidades,

Amanhece em costuras.

Idas tiradas,

Medem vestimentas.

O morrer dos mistérios,

Incomoda a vastidão dos naufrágios.

Saídas compradas,

Esfumam voltas.

Agulhas metafísicas,

Cortam enfeites.

A profissão da embriaguez,

Conhece o suicídio.

Os remédios do florescer,

Constróem poemas.

O voo habita,

No exercício da insanidade.

A miséria do desejo paradoxal,

Vomita versos.

A sombra da melancolia,

Apega caminhos.

O afogar contaminado pela separação,

Dança contra o fim.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 30/10/2022
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