Caminhos de rosas

Caminhos de rosas

Deambulei pelos estradas poeirentas da ilusão

De pálpebras fechadas nas turbulentas brisas da paixão

Passeei os meus pés descalços por entre rosas e espinhos

Ultrapassei percalços com a voz do coração ao comando nos caminhos

Sigo com toda a cegueira o percurso das pétalas caídas

Numa rota soalheira o discurso é o das palavras sentidas

Vou murmurando ao chão que te amo intensamente

Entrego esta emoção que clamo à solidão do vento quente

Vem ter comigo que terás o abrigo do acolhimento

Tenho saudades do beijo prometido com o sabor do sentimento

Tenho saudades do desejo e do amor que não celebramos

Tenho saudades até da dor que no nosso peito guardamos

Vem que as rosas vermelhas de amor ainda exalam perfume

Vem antes que as centelhas fogosas do nosso calor abrandem sem lume

Luísa Rafael

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Porto, Portugal