Há uma rede
Sim existe uma rede segura entre duas árvores logo ali em pleno domingo de manhã.
Respiro suavemente a medida que descanso logo após sair de meu sótão onde busquei uma obra pessoal e há muito esquecida.
Nessas estantes devidamente preservadas como arquivos salvadores de vidas me preparo para sair em busca de merecedores e dos puros de espíritos,os esquecidos em esquinas da obscuridade para divisão de pães de poemas e poesias recitadas nos verdes gramados, palco de chão e flores desabrochadas na pronúncia de declamações e risos.
Por entre inúmeras obras guardadas no meu secreto compartimento de inspirações reservo instantes libertadores desse frio e distante sistema opressivo e me visto de colombina chamando um coro de crianças e passarinhos para essa festa no parque.
É a bienal de livros jamais lidos.
São folhas preenchidas para a contemplação dos que estão as margens da estrada com sede e fome de palavras feitas para edificar como as águas cobrem o mar e repousa sublime nesse suave movimento que me dá vida, e me faz sonhar!