“Pensamos tanto, que sonhamos”
Pensamos tanto, que sonhamos
Que nem acordados, alguma vez estivemos.
E os impulsos que relatamos
É somente à ilusão que lhe devemos.
Por isso a mentira e a verdade
São a mão que mostra e que se oculta;
Tal como o cativeiro e a liberdade
Se dão de forma infantil como adulta.
O que temos somente de nosso
É esta gruta que Platão nos revelou.
Porque estamos tão aprisionados até ao osso
Que até o acto da matar se inventou.