PARA UMA ROSA APÉTALA!

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Tento inutilmente aliviar a dor.


Ela encanece o meu rosto!


As carquilhas,

todas,

amontoando-se uma às outras

declaram-me contingente!...


Insisto por existir!


Vivo alhures...


tentando ser em você!


Revivo contemplando e

tungando com o sofrer,

mas ele é mais persistente e

não alivia um momento sequer,

é recorrente e

atasca meu coração!


Sigo nesta retentiva lembrança

provocando a dor para ver se ela se cansa de mim e,

de repente,

do repente ser que implorava um

sorriso eu consiga merecer o seu amor!...


Não insistirei mais,

nem ousarei repercorrer sensibilidades vividas...


elas terão sido,

nada mais!


Arrepelo, ainda, algumas lágrimas do instante!


Dói sepultar aquilo que ocupou,

por tanto tempo,

lugar especial em minha vida!


Retorço o tergo!


Não conspiro absolutamente nada...


vou afora!


Não cri nas linhas que delimitavam nossos mundos e,

não pude contestá-las,

mas eram imaginárias.


Muito tarde descobri que você é apétala...


contristado me confesso por não

ter percebido tamanha insensibilidade

cuidando de uma rosa estéril,

sem vida e

sem esperança para o amor!


©Balsa Melo

10.01.07

Paraíba

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 04/12/2007
Reeditado em 04/12/2007
Código do texto: T763755
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