O FUTURO QUE RIRÁ DE NÓS
Algum futuro há de rir de nós,
de nossos juízos caducos,
de nossas convicções pueris,
e de nossas vontades impotentes.
Ele há de rir sem qualquer pudor,
de nossas verdades indecentes,
de nossos egos inflados,
e de nossa gregaria e tola existência,
escrava de todos os tédios.
Rirá também,
Já quase aos prantos,
de nossas impotências e obediências
quase infinitas.
Há de dar ruidosas gargalhadas
antes do fim do mundo,
da mediocridade de nossas extintas e esquecíveis vidas banais afogadas em fé e perfídias.