Sentimentos alados

 

E vi voarem meus sentimentos,

Rumo às montanhas dos ventos do sul,

Em asas ligeiras singrando os céus,

Rasgando as nuvens, riscando o azul.

 

Sentindo o frio do vazio em Minh ‘alma,

Fechei os espaços às emoções.

No peito doído a dor não se acalma.

Viver o amanhã é criar ilusões.

 

Espadas de ouro não vencem batalhas,

Soldado sem luta não impõe seu grilhão.

Se o corte profundo não sangra o peito...

O tempo liberta o nosso coração.

 

O ninho da ave se faz entre ramos,

O nicho dos sonhos, tecendo esperanças.

O amor se constrói trabalhando o tempo,

A história da vida, guardando lembranças.