TEMPESTADE
Beijo a chuva que cai aos meus pés,
Engulo os ventos que sopram a face,
Bebo das lágrimas que tossem a dor
E durmo sobre os corcéis de veludo.
Capo as línguas que me doam o frio,
Firo as mãos que talham a esperança,
Estrangulo o espaço que verte fraude
E desperto no ringue ereto da hipnose.
Escuto ecos que fantasiam as verdades,
Driblo os arsenais donde falam mentiras
E expurgo os dilemas carentes de afetos,
Na redoma do mundo viver é heroísmo...
Adormeço no ar, sobrevivo de forte calor
Em busca do sonho fraterno e solidário!
DE Ivan de Oliveira Melo