AGLUTINAÇÃO
Mais uma vez, você não entendeu.
E o sentido do dito, ficou perdido,
de nada valeu.
Repensei a minha gramática,
pois você achando graça,
desdenhou da minha empolgação.
Sem entender os motivos,
o que falei aos seus ouvidos moucos,
foi tudo em vão.
Em boa hora me calei, embora
o silêncio tenha sido longo demais.
Como o sabor de um vinho acre,
virou vinagre o melhor entre nós.
E assim, deixo tudo pra lá.
Se não quer entender, é melhor me calar.
Pois se tudo o que eu digo, você preferiu desdizer,
o que vou fazer?
Talvez o teu olhar tenha mais peso que a minha pena.
E assim, esse poema não diga nada a você.