Fatalismo
Com a angústia de um moribundo
Escrevo versos com fragmentos
Daquilo que um dia foi fecundo
Para a quietude dos tormentos.
Sob o céu de um novo mundo
Extirpo as cores e pigmentos
De uma dor que então difundo
Entre verdades e fingimentos.
Não há crença que balize
Ou conhecimento que amenize
Os gritos do abismo no peito.
Não há tempo que cicatrize
Ou ilusão que vaporize
O que já não pode ser desfeito.