A simplicidade de ser feliz
A simplicidade de ser feliz
Soltemos gargalhadas que dancem ao sabor do vento
Voemos no céu das ilusões ainda que chova sentimento
Abracemos os sonhos imprecisos nas sombras dos dias dourados
Caminhemos por entre as multidões com os risos deslumbrados
Saboreemos os venenos que mancham os olhos de alucinações
Cantemos ao mundo as intensidades das paixões
Sejamos poetas com as letras das insanidades
Busquemos a criança às nossas profundidades
Falemos sozinhos ainda que nos olhem com desdém
Escutemos os silêncios pelos caminhos de ninguém
Andemos por entre entre os labirintos da nossa liberdade
Vivamos a loucura demente com toda a personalidade
Tal como noite escura não casa com a claridade
Carreguemos o fardo leve de uma incoerente felicidade
Luísa Rafael
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Porto, Portugal