Assim que acaba
Eu to tranquila
Eu to na estrada
E minha vida meio fio na madrugada
É tudo estranho e onde vai parar?
Eu to confusa
E derrotada
Sua brutalidade bem na hora errada
Garganta arranha
Quando vai passar?
Eu to no muro, em tela cheia
Lá vem o sol mas a nuvem que clareia
A escuridão em cima do mar
Enquanto não virar a mão
Enquanto não passar o verão
Ou talvez somente o meu cartão
Eu
Falando sozinha
Desenhos abstratos
Ansiedade em autorretratos
Cantando ao vento
Chorando ao luar
Tá muito apertado, onde faz parar?
Com medo da sombra
De volta ao passado
Todos suspeitos
Ninguém é culpado
Falando do erro
Implorando perdão
Os cacos de vidro que enfeitam o chão
E assim que acaba, a festa, a rua e a praça
E assim que acordo
Pensando no oposto de tudo que gosto.