A tempestade
A tempestade
Rangem as portas cansadas dos batentes
Uivam ecos de sons impertinentes
As emoções abraçam os ventos fustigados
A noite se veste de ruídos assombrados
Apagam-se as luzes dos candelabros
Soltam-se escritos dos dias letrados
Ouvem-se gritos de prantos lamurientos
Miados tristes de felinos em lamentos
E os espelhos de estilhaços espalhados
São marcas no chão dos maus olhados
Sob a iluminação da lua de fios prateados
Ó noite sombria das enfurecidas tempestades!
Traz com a ventania o meu amor por entre as adversidades!
Traz a magia do meu amor que me mata de saudades!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal