OLHARES QUE SÃO

OLHARES QUE SÃO

Ao ser comparado à unicidade,

O enterro do nunca,

Nega o dizer.

O não espera o nada,

Da palavra nascida em profundidades.

O frutificar dos intervalos,

Floresce no movimento das aproximações.

As coisas secas da morte,

Travam a pessoalidade das idas.

Os membros da antiguidade,

Tremem aquecidos,

Pela vinda do ter,

Possuído por olhares.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 19/10/2022
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