Certa vez
Me perguntaram com um tom de extrema arrogância quantos passos dei em direção ao futuro.
Deixando escapar um discreto e profundo sorriso indiquei um assento vazio no interior daquele parque sombrio repleto de folhas amarelada pela frequente perda de folhas mostrando a renovação provocada pelo beijo de outonos.
Numa insistente e indevida abordada não poderia me demorar nesse momento de irrefletida insegurança. Encontro me com as mãos cheias de sementes a serem dispersas que não demoram germinar nos jardins daqueles que rezam o amor e a vida.
Estou a sombra da árvore a escrever e mapear as diretrizes do agora, mesmo sabendo que como essas quedas há um reflorir infinito nas dobras de meu próprio tempo.