QUASE POLÍTICO

QUASE POLÍTICO

A política da eternidade,

Define as coisas.

As comparações do ter,

Leem e escrevem nas demonstrações,

Um acreditar que floresce.

O não meditativo do interior,

Habita no tudo pensante.

O amor é posicionado,

No depositar aproximado do frutífero.

A completude da harmonia,

Possui o vestir,

Liderado pelo brilho.

A entrega às crenças míticas e coletivas,

Contém uma religiosidade mendiga.

A circulação da alegria,

Apoia composições,

Em objetos contemplativos.

O tempo toca,

A substituição dos movimentos.

O calar do haver,

Fala de escutas antecipadas.

A negação das oportunidades,

Retém as formas únicas das pedras.

A matéria alimenta,

A ética numerosa das partes.

Anterior ao agora,

A reunião da tentativa,

Pinta o sangue da fuga.

A palidez da esperança,

Colore a fome esfumada do ainda.

O beber doce do raciocínio,

Ausenta-se da procura por chaves.

Emoções citam,

Poéticas coletâneas de poemas.

O período das páginas simultâneas,

Publica a chegada do exterior.

O abrir das vozes comerciais,

Traz ruídos presos ao transportar.

Canções conhecem notas,

Ouvidas pelo acaso.

No lugar do bem,

A volta diária,

Perturba a sabedoria dos motivos.

A interrogação dos feitos,

Para nos meios dos caminhos.

Idas declinadas,

Detêm dispositivos.

Os detalhes dos instantes ínfimos,

Despedaçam pós suspensos.

O ar diminuto,

Perfura construções elevadas.

A preguiça da razão,

Nasce com os ritmos do despertar.

Livros colecionados,

Cantam o poder da quietude.

A poesia do ensinamento mundial,

Parece a pessoalidade do quase.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 17/10/2022
Código do texto: T7629836
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