Pétalas de vida
Amanhece,e sem conseguir decifrar o que me tornou melancolia debruço me sobre um canto solitário de minha escrivaninha.
Procuro luzes nas minhas mais profundas especulações afim de deixar digitais nessa pétala apagada pelo tempo.
De repente esse sentimento reafirma o que provocou no meu peito o temor de tempestade anunciada, sob a ameaça de lágrimas.
O telefone me chama e deixo sob a mesa folhas a serem preenchida pelo grifo do amor e emoções.
Alguém se foi. Um amigo desceu numa estação sem ao menos permitir um aceno de brevidade.
Calada observo que um acento permaneceu, e lá uma réstia de sol ainda deixada pelo dia no entardecer pausando solidão envia pausa e repouso.
O silêncio cala minha voz por entre as linhas imaginárias, e de mãos abertas sobre a mesa,aproximo dos lábios as ultimas gotas de vinho numa celebração forçada: A vida continua!