LIVRE
Quando se viu pela primeira vez
Sua pele abandonou o corpo
Retinta, indócil e selvagem.
Tocou-se pela primeira vez
E suas mãos eram mais suas.
Agarrou-se a si para não se perder.
Ganhou a rua
Cabelos ao vento
À beira da Saia rasgando as curvas
Descobriu o infinito de si
por outras incontáveis vezes.
Nunca mais soube ser refém.