LIVRE

Quando se viu pela primeira vez

Sua pele abandonou o corpo

Retinta, indócil e selvagem.

Tocou-se pela primeira vez

E suas mãos eram mais suas.

Agarrou-se a si para não se perder.

Ganhou a rua

Cabelos ao vento

À beira da Saia rasgando as curvas

Descobriu o infinito de si

por outras incontáveis vezes.

Nunca mais soube ser refém.

Cyelle Carmem
Enviado por Cyelle Carmem em 17/10/2022
Código do texto: T7629390
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