Ponto Cego
Sou espiã infiltrada dentro de mim
Tentando descobrir o que me move
Sabendo que jamais chegarei ao fim.
Vejo a escada por onde meu ego sobe,
Mas não me permito subir com ele...
O ponto cego me desnorteia,
Enredo-me na minha própria teia
Feita de finos fios de cobre ...
Porque não tenho intenção de render-me.
Vasculho gavetas antigas
E vejo que muitas estão vazias...
Algumas parecem câmaras frias!
Apesar disso, não me sinto pobre...
Ao contrário: estou mais rica!
Esvaziei-me daquilo que em mim não cabia
E, com menos fardo, fiquei mais forte.
Preparo meu farto arsenal
Pois não sei quando haverá a próxima guerra:
Nem o começo nem quando se encerra.
Apenas sei que só haverá uma vencedora: eu!!!
E não poderia ser diferente
Afinal, nas duas trincheiras,
Haverá apenas duas guerreiras
Lutando com o coração e a mente !
Se ainda não descobriste,
Não fique frágil nem triste..
Eu conto: sou eu contra eu!