Ponto Cego

Sou espiã infiltrada dentro de mim

Tentando descobrir o que me move

Sabendo que jamais chegarei ao fim.

Vejo a escada por onde meu ego sobe,

Mas não me permito subir com ele...

O ponto cego me desnorteia,

Enredo-me na minha própria teia

Feita de finos fios de cobre ...

Porque não tenho intenção de render-me.

Vasculho gavetas antigas

E vejo que muitas estão vazias...

Algumas parecem câmaras frias!

Apesar disso, não me sinto pobre...

Ao contrário: estou mais rica!

Esvaziei-me daquilo que em mim não cabia

E, com menos fardo, fiquei mais forte.

Preparo meu farto arsenal

Pois não sei quando haverá a próxima guerra:

Nem o começo nem quando se encerra.

Apenas sei que só haverá uma vencedora: eu!!!

E não poderia ser diferente

Afinal, nas duas trincheiras,

Haverá apenas duas guerreiras

Lutando com o coração e a mente !

Se ainda não descobriste,

Não fique frágil nem triste..

Eu conto: sou eu contra eu!

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 16/10/2022
Código do texto: T7629034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.