ALI — na tarde nova —

Entro no bar do meu bairro,

às treze e doze, num sábado

cinza. Vejo o balcão tomado,

dividido entre gente e garrafa

— esta assembleia sem pauta.

E sobe aquele barulho abafado:

ouvimos tudo, não ouvimos nada.

Ninguém nota a minha chegada,

feito se eu fosse só um fantasma,

desses que vêm para furtar álcool.

Retornei e logo abri o meu espaço.

Eu quero somente comprar cigarro.