Olhando a lua
Meiga e solitária
iluminando a terra
sóbria como seu brilho
enxergo o desejo de ficar
partindo ao amanhecer
nunca quero esquecer
a rua está vazia
sozinha esperando os passos caminhar
sentindo o peso do desprezo
chora o vazio de amor
órfã de voz
outro dia apenas um vulto caminhando
nuvens como o espelho a me reparar
paralisado esperei
a claridade na noite me aconchegar
pedi para esperar um consolo
digo que amo a noite só para mim
lá fora a rua vazia chora!