Casa VIII
As imagens repousam nos buracos onde outrora estavam os olhos
E agora estou vendo com os meus sonhos.
Exu me falou que tô protegida
e me deu um olho grego
Sigo firme no seis de espadas
na minha mudança e confiança
Com humildade represento os anseios que me cobrem
através da segurança que tenho em minha fé
rezas e muitas devoções
a chama da vela desenhou um planeta na parede
era Plutão
E algo que eu ainda não percebia parecia me chamar
Mãe? Pai? Orixás? Quem guiou os meus caminhos?
Não sei onde encontrarei fugas
Se não tenho mais a minha dependência ao meu lado.
Sei que a vida é intensa, dolorida e pecaminosa
e o símbolo da paz se torna necessidade coercitiva
Tenho marte nos braços e o coração no mundo
vênus em aquário, não permite segurar
A arte do sagrado não é templo
é algo que guardo em meu oráculo
intuição, alma, insight
meu Netuno está bem aspectado
outrora servia pra subterfúgios
hoje serve pra arte
redijo com todas as ilusões, vícios e loucuras
e tudo aquilo que os céus me contam
contanto, as negações que a vida me impôs
quanto ao distanciamento do caos da realidade
me trouxeram a esperança que busquei em arquétipos maiores
verdadeiros banhos de água fria
respostas do mundo dos sonhos e dos meus olhos
que enxergam a vida através de imagens.