Brasil nosso de cada dia...

Que não tranquem nossa boca

A mordaça não cabe mais

Em meio a política louca

O povo não sabe o que faz

Gritamos a nossa dor

Não fiquemos braços cruzados

Não queremos um ditador

Nem tampouco os abusados

Sofre o pobre sem esperança

Onde a fome é um coloso

Chora o filho de vazia pança

Sorri quando encontra um osso

Pro dia uma só ceia

Uma sopa muito rala

Família o prato meia

Enquanto a mãe o choro cala

Dando campo à doença

No Brasil a fome mata

Um país de muita crença

Mas a fome arrebata

Dessa cúpula amor nenhum

Esses vivem em manção

O que gastam no desjejum

Alimentaria os irmãos

Mas justiça há de chegar

Nas urnas dessa terra

O povo há de votar

Dessa vez vê se não erra

Gastam grana em excesso

Onde está a "Ordem Progresso"?