Protopoema
E a chuva não cai...
Agora não dá mais
para escrever
pseudo-poemas
Preciso igualar meus hábitos
aos de um contemplário, visionário
Estão vendo?
Lá vou eu outra vez
Essa mente que não mente
Agora sou protopoema
Eles dizem:
-Não se vive de passado.
Agora é só haikai
Mas a rima escapa. Ingrata!
Não! É nata.
Que luta!
Tento desistir;
Mas ela vem
decidida a ficar
Ai de mim! se não posso
escrever sem cor
Ai de mim! se não posso
compor sem dor
Que seja assim
escreverei versos mudos
Mas a rima
Ah! A rima
Camaleoa sorrateira
Aparece e some ligeira
Dessa? Não deixo não!
E a chuva não cai...
Agora não dá mais
para escrever
pseudo-poemas
Preciso igualar meus hábitos
aos de um contemplário, visionário
Estão vendo?
Lá vou eu outra vez
Essa mente que não mente
Agora sou protopoema
Eles dizem:
-Não se vive de passado.
Agora é só haikai
Mas a rima escapa. Ingrata!
Não! É nata.
Que luta!
Tento desistir;
Mas ela vem
decidida a ficar
Ai de mim! se não posso
escrever sem cor
Ai de mim! se não posso
compor sem dor
Que seja assim
escreverei versos mudos
Mas a rima
Ah! A rima
Camaleoa sorrateira
Aparece e some ligeira
Dessa? Não deixo não!