TRISTE, TRISTE...

 

Eu te deixo, não me queixo,

as cartas de amor que escrevi,

quando te amava em segredo

e, confesso, tinha medo

te perder pra outro alguém.

Pobre tola sem vintém,

eu te perdi mesmo assim.

Te afastaste de mim

de improviso, sem aviso,

sem dizer aonde ias.

Tristeza empana meus dias,

pois agora, em abandono,

perdi todo a alegria:

já não rio... já não sonho.