Há um brilho
Sim existe um sol descansado mansamente no meu quieto silêncio.
Não sou capaz de deter seus raios que se prepara para se esconder sob as cortinas do tempo.
Saio a caminhar enquanto a noite não vem, me vestido de luzes e banhando me de esperanças e querendo um pouco mais dessa eternidade e poder.
Defronto me com certa pureza na alma desejando que o mundo chore menos e que de certa forma me vista das roupas mais inocentes estampadas no sorriso das crianças.
Diante do meu próprio edifício vou retratando na escala da vida os passos perdidos nos contornos da fisionomia do irmão distante.
Sei que existo e insisto numa rota de fuga para um paraíso feito de amor e partilha onde não exista a carência do outro que me aguarda sorrindo na direção de um novo dia.