SEPULTANDO O MEU AMOR!

Não quero virar nome de rua,

pois a lembrança surgirá apenas depois que eu me for!

Tampouco nome de praça...

ela terá cheiro desagradável por não estar com o meu assentimento da partida!

Não prezo a saudade e nem a lembrança morta...

se vivo não puder originar saudade, lembrança e sensação de arrepio...

nada "importar-me-á" de agora em diante!

Mas assim mesmo,

por pura teimosia,

vou desenhar uma rua numa praça,

grifarei meu nome para você abrir a janela e

sorrir para os meus olhos...

Mesmo em papel de jornal,

este que maldiz de tudo e

de todos por falta do que fazer!...

Alguns!

Vou redesenhar outra praça,

outra rua...

usarei novas formas e novas rugas!

Lápis novo ou

flores novas,

quase virgens,

sem muito apalpar!

Vou tanger as cordas do violão,

não existe instrumento,

mas as cordas do meu coração

que cantam insolentes por sua causa!

Talvez seja melhor virar nome de espaços

vivos/mortos quando se tratar de amor dedicado a você!

©Balsa Melo

22.12.06

Paraíba

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 02/12/2007
Código do texto: T762339
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