MIL PERDÕES
Peço mil perdões pelas ferrugens nos meus sonhos,
pela dormência no querer-bem.
Peço mil perdões pela rouquidão nas minhas verdades,
pelas rebarbas no caminhar.
Peço mil perdões pela embriaguez na minha fé,
pelos desencantos na alegoria.
Peço mil perdões pelo ciclone na minha compreensão,
pela rebeldia no relevar.
Peço mil perdões pelas farsas nas minhas veias,
pela insensatez no abençoar.
Peço mil perdões pelas loucuras nos meus voos,
pela falha no compartilhar.
Peço mil perdões pela idiotice no meu acolher,
pelo dissimulado no estrear.
Peço mil perdões pela devastação no meu arrebatar,
pelo surrado no viver.