LUCIDEZ
Que prisão esta onde me encontro?
O que me prende a mim mesmo?
Neste espaço imenso, de chão frio, sem janelas abertas
Para onde vou?
Corro e mais se alarga a estrada
Desejo de chegar...
Mas, onde o fim?
Surpreendo-me com um crisântemo sobre a lápide
Enfim?
Minhas pernas são velozes na escuridão
Creio que o buraco não tem perspectiva
Mas caio delirantemente
E meu medo é que não possa mais abrir os olhos...
Fuga... fuga de mim e de tudo
Tomar a vida neste instante nas mãos
O real brinca nos olhos
E o verdadeiro se perde na solidão...