Rosas de amor em poesia

Rosas de amor em poesia

Há uma luz enublada que insiste em acordar no leito da claridade

Um cheiro floral que me seduz o olhar numa brisa de saudade

Talvez seja um sinal que amanhece no meu peito cansado descolorido

De uma avidez emocional que canta num som arrastado dorido

Olho as rosas bordadas de essências perfumadas na janela

Erguem-se no parapeito viçosas numa elegante sentinela

Uma seiva pulsante de um coração triste desenraizado

Tal com o meu amor existe em explosão sem te ter aqui ao meu lado

Prometo que se vieres não as regarei com as minhas lágrimas de águas gotejantes

Não as tingirei com as feridas abertas de mágoas sangrantes

Não sentirei os espinhos que enfeitam as tuas irreverentes ambiguidades

Prometo que se vieres te acolherei com os carinhos ardentes das tuas vontades

Te tocarei silenciosa com as mãos quentes pelos caminhos regados de poemas e prosas

Te darei beijos molhados em banhos de desejos com pétalas de rosas

Luísa Rafael

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Porto, Portugal